Padrões éticos

Declaração de ética

Revista de Arquitectura é editada atendendo elevados padrões éticos e de boas práticas para a publicação de artigos. Isto implica a definição de responsabilidades para todos os atores involucrados no processo editorial. Aquilo inclui, mas não se limita, a que não é permitida a difamação, a infração de direitos de autor e o plágio.

Revista de Arquitectura adere a principios de ética e boas práticas para a publicação de seus artigos. Revista de Arquitectura adere ao Código de Ética do Committee of Publication Ethics (COPE).

A má conduta e as ações questionáveis desde um ponto de vista ético incluem o seguinte:

O plágio, entendido como a cópia literal o sustancial de obras alheias, fazendo entender que são próprias ou originais do artigo em questão. Isto inclui a cópia de artigos e trabalhos acadêmicos próprios, ou a publicação de resultados de investigações próprias anteriores já publicadas, como se fossem novos.
A falsificação de dados de investigação ou o uso de dados públicos recopilados por terceiros sem citar sua fonte.
A difamação a pessoas, grupos sociais ou instituções.
A ação em presença de um conflito de interesses.
A falsificação de informação acerca da filiação institucional, acesso a fundos, bolsas ou financiamentos, ou outros antecedentes que pretendan ubicar ao trabalho ou a seus autores e autoras num contexto ao qual não pertencem.

Responsabilidades da Equipe Editorial no resguardo ético

A Equipe Editorial tem a responsabilidade de garantir a aplicação das normativas de publicação e os principios éticos estabelecidos, assim como de supervisar o processo de avaliação.

A Equipe Editorial fará seu máximo esforço para garantir que o artigo e os materiais associados sejan originais e que não infrinjam os direitos de autor de terceiros. Será utilizada a ferramenta antiplágio Turnitin ou outra equivalente para constatar o manuscrito com os materiais disponívels em meios acadêmicos.

A Equipe Editorial velará porque todo artigo especifique o rol de cada um dos seus coautores em sua realização, utilizando os linhamentos da Credit Roles Taxonomy (www.credit,niso,org). Cada autor deverá explicitar seu consentimento e sua participação no consenso pleno do apresentado, declarando que o manuscrito não tem sido apresentado nem publicado com anterioridade por nenhum deles em outros meios de difusão.

A Equipe Editorial velará pelo funcionamento do sistema por pares externos (peer review) e duplo-cego (double blind refereeing). Toda a informação dos autores e revisores pares, assim como os dados sensíveis incluídos nos manuscritos e informes de avaliação, devem permanecer confidenciais durante o processo editorial. Assim, todo o material recebido não pode ser utilizado pelos editores sem o consentimento explícito dos autores e se resguardará do acesso não autorizado por terceiros.

Nesse mesmo sentido, os integrantes da Equipe Editorial não poderão utilizar para benefício próprio, nem difundirão nenhuma informação que se apresente nos artigos ou nos comentários realizados pelos pares avaliadores.

A Equipe Editorial revisará os manuscritos e os enviará à revisão por pares, independentemente da raça, gênero, orientação sexual, creenças religiosas, origem étnico, nacionalidade, ideologia política ou filiação institucional dos autores.

Responsabilidades dos autores no resguardo ético

Ao enviar material à Revista de Arquitectura, todos os autores aceitam as presentes normativa éticas e de publicação. Os autores devem garantir que apresentam manuscritos totalmente originais, produto de investigação própria e que não estão sendo submetidos a processos de avaliação ou publicação em outras revistas ou meios públicos. Em termos gerais, não se aceita que um manuscrito recebido esteja no intento de ser publicado em mais de uma revista ou outro tipo de publicação. A apresentação da mesma matéria em várias revistas e/ou a publicação da mesma obra em diversas revistas é uma prática pouco ética e implicará a rejeição do artigo o sua eliminação de Revista de Arquitectura, fazendo-se o anúncio correspondente.

Os autores assegurarão precisão na exposição de ideias próprias em seus artigos, se diferenciando das ideias citadas. Além disso, devem assegurar-se que o texto ou materiais que os autores tenham utilizado estejam corretamente reconhecidos, citados e referenciados. O plágio em qualquer de suas formas é um comportamento pouco ético que será sancionado segundo os procedimentos aqui estabelecidos. Isto inclui o autoplágio, como a referência não declarada a trabalhos próprios, e o intento de publicar trabalhos acadêmicos anteriores como publicações originais, sem uma adequada edição ou ampliação de antecedentes ou resultados.

É responsabilidade do autor obter e dar a conhecer as devidas autorizações do uso de imagens e fotografias com direito de propiedade intelectual, devendo estas autorizações ser enviadas quando seja necessário no processo editorial do artigo.

Todos os autores e as autoras devem declarar sua contribução nos manuscritos enviados utilizando os linhamentos da Credit Roles Taxonomy (www.credit,niso,org). Em caso de artigos com mais de um autor, todos seus participantes deverão comprometer uma contribução significativa à definição dos contúdos e o reconocimento expresso a aqueles que tenham colaborado ao seu resultado final. A informação que tenha sido obtida por meios privados não pode ser publicada sem o consentimento da pessoa ou institução correspondente. A autora ou o autor principal tem a responsabilidade de incluir a todos os coautores e colaboradores e garantir que todos eles tenham revisado e aprovado a versão final do documento, consentindo em sua apresentação para ser publicada.

As fontes de financiamento que tenham permitido o desenvolvimento de investigações ou projetos expostos nos artigos, assim como todo compromisso que pudessem influir na interpretação das conclusões e reflexões, ficarão expressamente consignadas pelos autores, os que vão garantir a transparência e veracidade dessa informação.

Responsabilidades dos avaliadores e das avaliadoras no resguardo ético

Os avaliadores são acadêmicos e profissionais especializados em distintas áreas da disciplina, privilegiando um sentido de diversidade em quanto a seu gênero, procedência e filiação institucional. Seus nomes e ORCID estão publicados no site da revista e são atualizados no mês de junho de cada ano, recopilando todos os revisores e revisoras do ano anterior.

As avaliadoras e os avaliadores são selecionados e assinados para a revisão de um artigo pela Equipe Editorial, em função de sua experiência. Mesmo assim, um avaliador pode rejeitar revisar um artigo cujos conteúdos não se ajustem a sua área de especialização, e recomendar um avaliador mais especialista no tema. Atendendo ao tempo do processo editorial, os avaliadores devem informar ao editor se aceitam ou rejeitam a revisão de um artigo o antes possível.

Qualquer manuscrito enviado para sua revisão deve ser considerado um documento confidencial. Este manuscrito não deve ser discutido ou apresentado a terceiros. A informação contida nos artigos não publicados não poderá ser utilizada total nem parcialmente pelos avaliadores.

Os avaliadores e as avaliadoras, mediante sua revisão, comprometem-se a velar pela fidelidade e qualidade da informação dos artigos. Qualquer aspecto relevante, omisão ou erro, se informará na pauta de revisão. O mesmo aplica si é detectada a omisão de fontes relevantes, ou se o trabalho comprende um plágio total ou parcial.

As críticas, comentários e recomendações devem ser feitas na pauta de revisão, de forma respeitosa e neutral, e basados em argumentos razoáveis e bem documentados.

Responsabilidades e gestão de conflitos de interesse

No processo editorial da Revista de Arquitectura define-se como possível conflito de interesse quando um integrante do processo editorial — autor, revisor ou Equipe Editorial — tem relações com pessoas ou atividades que possam influir sobre seu juízo ou sobre os conteúdos postulados de forma não apropriada. Alguns exemplos de conflitos de interesse são: relações de parentesco por consanguinidade ou afinidade, relações laborais cercanas que impliquem chefatura ou subordinação, relações entre docentes e alunos ou entre guias e tutores, ou compartilhar temas, fontes ou objetos de investigação cercanos, as fontes de financiamento das investigações, ou os interesses comerciais que possan se ver beneficiados ou perjudicados pelos conteúdos publicados.

A Equipe Editorial de Revista de Arquitectura declara que está siempre atenta à identificação de conflitos de interesse de seus membros, dos autores e dos avaliadores. O membro da Equipe Editorial que declare um conflito de interesse em torno a um artigo se absterá de participar nas partes do processo editorial que impliquem sua avaliação, e será sustituido em suas funções por outro membro.

Para autores e avaliadores são incluidos mecanismos de consulta sobre possíveis conflitos de interesse, e a Equipe Editorial manterá um rol activo para identificar sua existência.

Em caso de se detectar um conflito de interesse não declarado previamente nos instrumentos previstos, Revista de Arquitectura reserva-se o direito de rejeitar o artigo em questão, a avaliação realizada ou aplicar os protocolos previstos ante condutas não éticas que podem levar ao retiro do artigo e seu anúncio público.

Gestão de condutas não éticas, reclamações e apelações

A Equipe Editorial estará atenta em todas as etapas do processo para a deteção das condutas não éticas, seu seguimento, investigação e oportunidade de apelação. Quando um terceiro identifica uma má conduta e/ou uma ação pouco ética, agradece-se que possa reportá-la à Equipe Editorial através do endereço eletrônico dearquitectura@uchilefau.cl.

O informante de uma conduta não ética deve oferecer informação verificável que permita iniciar uma investigação. Todas as denúncias irão manter seu anonimato. Estas denúncias serão seriamente consideradas pelo Comitê Editorial e serão tratadas de forma similar, até que se consiga um resultado ou acordo correspondente. Seguindo as directrizes de COPE (Committee of Publication Ethics), a Equipe Editorial é responsável de:

Escolher a forma adequada da investigação, pudendo solicitar a assessoria do Comitê Editorial ou designar uma comissão acadêmica para tal fim.
Notificar a quem tenha infringido as normativas éticas da revista sobre os supostos fatos.
Solicitar a todas as partes ou informantes os dados relevantes.
Realizar a investigação com profundidade de escopos e em absoluta confidencialidade.
Dar a oportunidade aos autores de realizar seus descargos, aclarações e apelações.
Determinar os resultados da investigação ou a validez da reclamação com os dados disponíveis.
Se a conduta não ética implica a invalidez de um artigo publicado, Revista de Arquitectura publicará uma observação formal na seção Anúncios e convocatórias do portal da revista http://dearquitectura.uchile.cl, com os detalhes da conduta não apropiada e retirará o trabalho em questão da revista, junto com notificar à audiência sobre esta ação.
Se a conduta não ética implica a influência de conflitos de interesses nas avaliações ou no processo editorial, Revista de Arquitectura repetirá o processo de avaliação com avaliadores ou membros da Equipe Editorial diferentes aos que incorreram em condutas não éticas.
Segundo a gravidade da conduta, Revista de Arquitectura reserva-se o direito de fazer cumprir um embargo sobre a possibilidade de publicação dos autores, ou de não solicitar as labores editoriais ou de avaliação aos miembros involucrados. A duração destas medidas pode ser permanente ou proporcional à gravidade da falta.

Correções e discussões posteriores à publicação

Revista de Arquitectura está aberta a receber correções ou aclarações de parte dos autores sobre os artigos publicados. Dependendo da relevância delas, obriga-se a publicá-las na seção de Anúncios e/ou a realizar um adendum aos artigos.
Revista de Arquitectura aceita que os autores se retractem dos artigos publicados previamente, em cujo caso o artigo será retirado da plataforma e dita ação será informada com suas causas e justificativos na seção de Anúncios.
Revista de Arquitectura tem a disposição de difundir as argumentações, discusões ou aclarações que terceiros desejem fazer sobre artigos publicados, dando a oportunidade aos autores de replicar o responder em discusões públicas. Essas discusões serão publicadas na seção de Anúncios da revista.
Em caso de que, a juízo da Equipe Editorial, os autores ou autoras não possam segurar sua posição ou os resultados de um artigo sobre a discusão levantada e feita pública, as autoras e os autores terão a oportunidade de publicar uma alteração a este, ou retractar-se de sua publicação.

Boas práticas de inclusão e de gestão não sesgado dos grupos humanos

Revista de Arquitectura aposta por investigações precisas, não sesgadas e interseccionais, isto é, sensíveis à complexidade e amplitude dos contextos que acolhe a revista. Para isso solicita-se que seja empregada uma linguagem inclusiva e livre de preconceitos associados à raça, à diversidade funcional ou gênero, à orientação sexual, às crenças, às ideologias ou ao estatus socioeconômico. Por tanto, não é aceitável oferecer informação sobre as pessoas que sejam irrelevantes para o estudo, assim como ignorar as diferências e características específicas dos sujeitos quando estas existam e sim sejam relevantes.

Para evitar os estereotipos, se desaconselha o uso de etiquetas que designem, estigmatizem ou discriminem certos grupos de pessoas. É especialmente importante evitar o sentido negativo nas expressões e a terminologia condescendente quando sejam referidas pessoas com diversidade funcional. Com relação à raça, devem evitar-se as comparações entre grupos, os esencialismos e a referência às “minorias”.

Revista de Arquitectura recomenda o uso de linguagem não sexista nos textos que sejam apresentados para publicação, pelo que sugerem fórmulas que visibilicem o papel da mulher e das pessoas não binárias.

Intercâmbio de dados e reprodutibilidade

Revista de Arquitectura alienta aos autores e às autoras a por a disposição os dados que soportam os resultados publicados em seus artigos. São excluidos os dados que possam comprometer a privacidade, segurança e dignidade dos sujeitos ou instituções implicados, ou que por questões legais ou éticas não possam se fazer públicos. Os dados sobre os que promovemos sua disponibilidade pública incluem por exemplo dados quantitativos e análises estadísticos recopilados para a investigação, dados e processos de análise qualitativo, imagens e figuras de elaboração própria e entrevistas anonimizadas ou com consentimento informado para sua disposição pública, entre outros.

Para a disposição pública destes dados, recomenda-se o uso de repositórios de dados com conservação a largo prazo dos arquivos e o uso de identificadores persistentes. Alguns exemplos de plataformas e entornos de almazenamento de dados são Zenodo, re3data.org, Open Science Framework (OSF) ou outros repositórios de dados especializados em temas específicos. Nesse sentido animamos aos autores e autoras a dirigir desde seu documento a localização dos dados processados ou em bruto, por meio de um DOI ou um endereço URL persistente, na versão final aprovada do seu escrito, posterior à revisão de pares. Do mesmo jeito, alentamos que esses dados estejam disponíveis com licenças abertas para que possam ser corretamente reutilizados.

Embora o intercâmbio de dados não é imperativo em nossa revista, reservamo-nos o direito de solicitar acesso confidencial a qualquer dado primário necessário que permita verificar os resultados.

Se exigirá às autoras e aos autores citar devidamente qualquer dado de investigação disponível publicamente em sua lista de referências.

Exenção de responsabilidade

As opiniões e conteúdos dos documentos publicados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não comprometen necessariamente o ponto de vista da revista. Com a recepção dos artigos, editores e avaliadores são livres de sugerir modificações parciais do seu conteúdo sem que afete o sentido dos argumentos do autor. Logo da aceitação dos artigos para ser publicados, Revista de Arquitectura é livre de reproduzir os conteúdos para efectos de difusão, apontando devidamente aos autores.

Uso de Inteligência Artificial (IA) generativa no processo editorial

A IA generativa é um tipo de tecnologia de inteligência artificial que pode produzir vários tipos de conteúdo, incluídos texto, imagens, áudio e dados sintéticos. Os exemplos incluem ChatGPT, NovelAI, Jasper AI, Rytr AI, DALL-E, etcétera.

Na Revista de Arquitectura os manuscritos serão tratados como um documento confidencial. A Equipe Editorial não carregará um manuscrito nem nenhuma parte do mesmo numa ferramenta de inteligência artificial generativa, pois isto pode violar a confidencialidade e os direitos de propiedade dos autores e, quando o artigo contenga informação de identificação pessoal, pode violar os direitos de privacidade dos dados.

A revisão por pares é o coração do ecossistema científico e a Revista de Arquitectura se compromete a cumprir os mais altos estándares de integridade neste processo. Assim, é reconhecido que a gestão da avaliação editorial de um manuscrito científico implica responsabilidades que só podem ser atribuidas aos seres humanos. A Equipe Editorial não utilizará IA generativa ou tecnologias assistidas por IA para ajudar na avaliação ou no processo de toma de decisões de um manuscrito, pois o pensamento crítico e a avaliação original são necessários para este trabalho e estão fora do alcance desta tecnologia, existindo um risco de que a tecnologia possa generar conclusões incorretas, incompletas ou sesgadas sobre o manuscrito.

Os autores podem utilizar IA generativa e tecnologias asistidas por IA no processo de redação antes do envio, mas só para melhorar a linguagem e a legibilidade de seu artigo e com a divulgação adequada, ubicada ao final do artigo em uma seção separada antes da lista de referências. Se é suspeito que um autor ou revisor tenha violado as políticas de IA, deve informar ao editor.